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Natal 2020

29 de Novembro, 2020

Anjos cantores (pormenor) - Arcabas

Em Dezembro, o  site da Fundação Betânia vai propor um especial “Escrito de Natal 2020” onde Jesus ocupa o seu lugar no nosso coração enchendo-o com a Alegria própria dos cristãos.

Vamos assinalar este Natal com a participação de Amigos e Amigas que assim querem partilhar sinais de Esperança com quem nos visita.

Aqui haverá sempre música. 

Brigitte Cunha
Fortunata e Gildo Dourado
Maria Alice
Eduarda Ribeiro
Paula Madeira
Brigitte Cunha

« Ce qui m’étonne, dit Dieu, c’est l’espérance.
Et je n’en reviens pas.
Cette petite espérance qui n’a l’air de rien du tout.
Cette petite fille espérance.
Immortelle.

Car mes trois vertus, dit Dieu.
Les trois vertus mes créatures.
Mes filles mes enfants.
Sont elles-mêmes comme mes autres créatures.
De la race des hommes.
La Foi est une Épouse fidèle.
La Charité est une Mère.
Une mère ardente, pleine de cœur.
Ou une sœur aînée qui est comme une mère.
L’Espérance est une petite fille de rien du tout.
Qui est venue au monde le jour de Noël de l’année dernière.
Qui joue encore avec le bonhomme Janvier.
Avec ses petits sapins en bois d’Allemagne couverts de givre peint.
Et avec son bœuf et son âne en bois d’Allemagne.
Peints.
Et avec sa crèche pleine de paille que les bêtes ne mangent pas.
Puisqu’elles sont en bois.
C’est cette petite fille pourtant qui traversera les mondes.
Cette petite fille de rien du tout.
Elle seule, portant les autres, qui traversera les mondes révolus.

[…]

Mais l’espérance ne va pas de soi.

L’espérance ne
va pas toute seule.

Pour espérer, mon enfant,
il faut être bien heureux, 
il faut avoir obtenu,
reçu une grande grâce.

[…]

La Charité aime ce qui est.
Dans le Temps et dans l’Éternité.
Dieu et le prochain.
Comme la Foi voit.
Dieu et la création.
Mais l’Espérance aime ce qui sera.
Dans le temps et dans l’éternité.

Pour ainsi dire dans le futur de l’éternité.

(…)

Sur le chemin montant, sablonneux, malaisé.
Sur la route montante.
Traînée, pendue aux bras de ses deux grandes sœurs,
Qui la tiennent pas la main,
La petite espérance.
S’avance.
Et au milieu entre ses deux grandes sœurs elle a l’air de se laisser traîner.
Comme une enfant qui n’aurait pas la force de marcher.
Et qu’on traînerait sur cette route malgré elle.
Et en réalité c’est elle qui fait marcher les deux autres.
Et qui les traîne.
Et qui fait marcher tout le monde.
Et qui le traîne.
Car on ne travaille jamais que pour les enfants.

Et les deux grandes ne marchent que pour la petite.

Charles Péguy, Le Porche du mystère de la deuxième vertu, 1912

Fortunata e Gildo Dourado

Foto: Fortunata Dourado. Betânia. 2020

A D V I R

o advento chega com o cair da folha

e clama:

levantai a cabeça, vigiai!

o avento chega com o abatimento,

a deceção

a desistência

e clama: erguei-vos do chão, a alegria é o bordão

que reverdece o vosso andar

o advento chega como o sono

que clama

a vitória sobre o medo da noite

a entreaberta janela

porque surge o dia

o advento chega pela noite dentro

a erguer do chão

os dias obscuros que até

os ulmeiros escurecem

o advento chega

para reacender a fogueira morta

dos nossos desejos

como o Messias chega

para a terraplanagem chama

e os recomeços

o que não sabe sentar-se

na soleira do instante

e não barre os miasmas

que assombram o presente do passado

o que não é capaz

de se arrimar a um bordão

a um ponto fixo

sem vertigens nem medos

esse nunca saberá o que é a paz

serena e iluminada

de estar com

o que ao devir se entrega

sem margens nem salgueiros

sem bancos de areia ou lagos

na voragem do devir se afoga

não há planta, bicho ou gente

que não peça a luz para sair ao dia

mas também a obscuridade para repousar da luz

dá ao presente o fulgor do eterno

 círio pascal que abre a noite aos jardins do pensamento

é no instante que floresce o reino

 e os seus fiéis de amor se encontram

 José Augusto Mourão, in Obra seleta – Imprensa Nacional – 2017

Maria Alice

Fortunata Dourado. Azóia. 2020

NATAL ÉS TU

(Papa Francisco)

NATAL és tu, quando decides nascer, nascer novamente, todos os dias e deixas entrar Deus na tua alma.

A árvore de Natal és tu, quando resistes, fortemente, aos ventos e às dificuldades da vida.

As decorações de Natal és tu, quando as tuas virtudes são as cores que adornam a tua vida.

O sino de Natal és tu, quando chamas, reúnes e tentas unir.

És também luz de Natal, quando iluminas, com a tua vida, o caminho dos outros com a bondade, a paciência, a alegria e a generosidade.

Os anjos de Natal és tu, quando cantas, para o mundo, uma mensagem de paz, de justiça e de amor.

A estrela de Natal és tu, quando levas alguém ao encontro com o Senhor.

És também os Reis Magos, quando dás o melhor que tens, sem te importares a quem o dás.

A música de Natal és tu, quando és um verdadeiro amigo e irmão de todos os seres humanos.

As felicitações de Natal és tu, quando perdoas e restabeleces a paz, mesmo quando sofres.

A ceia de Natal és tu, quando sacias, com pão e com esperança, o pobre que está a teu lado.

Tu és a noite de Natal, quando, humilde e consciente, recebes no silêncio da noite o Salvador do mundo, sem barulhos nem grandes celebrações; teu é o sorriso da confiança e ternura na paz interior de um Natal perene, que estabelece o reino dentro de ti.

Um bom Natal a todos os que se assemelham a Natal.

Eduarda Ribeiro

Natal, e não Dezembro

Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido…
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave…
Entremos, despojados, mas entremos.
Das mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira,

in ‘Cancioneiro de Natal’

 

NATAL SOLIDÁRIO

E Deus
que é um Deus solidário
que é puro Amor
deixou o céu
despiu-se do infinito
reduziu-se a nada
para que o nada, que é o ser humano
pó consciente e barro inteligente
se torne
centelha do Tudo
raio do Infinito
chispa de Deus
manifestação do Amor.

Por isso
só quando nos compreendermos
como imagem de Deus
o mundo será um só
globalizado e solidário
à medida da pessoa
à medida de cada povo.

Só então
o mundo da natureza será solidariedade
o lobo confraternizará com o cordeiro
o mundo dos povos será paz
as armas converter-se-ão em arados
o mundo dos homens e das mulheres
será justiça
o maior servirá o mais pequeno
o mundo será de todos
numa sinfonia de paz, alegria e amor.

Até lá…
vamos cumprir a parte que nos toca
na construção da felicidade universal
a caminho de um futuro eterno.

(Zé Dias – 24/12/2005)

Paula Madeira
Natal - Nancy Halvorcen

Natal – Nancy Haloversen

Teremos Natal!

Sim, claro!

Aproveitemos a experiência rara de vivermos sós a chegada do nosso Salvador!

Sem nos distrairmos com enfeites, prendas, ceias, abraços, sorrisos, beijos, rebuliço; tudo bom, que nos faz falta.

Virá o tempo em que voltarão.

Fragilizados, despojados, silenciosos, aproximemo-nos do presépio, como crianças, peregrinos na busca da Luz.

Nela estará sempre a nossa Esperança!

Teremos Natal!

Sim, claro!

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