Não têm faltado nos últimos tempos sinais de alerta acerca das características que informam a cultura dominante no mundo ocidental (e não só!).
Análises científicas mas também factos concretos que apontam no sentido de uma cultura que sobrevaloriza o dinheiro e o poder em detrimento do valor intrínseco da pessoa humana, a valorização do ter e do parecer em prejuízo do ser, o descarte em vez da recuperação e da reutilização, o prazer imediato e a visão hedonista da vida em vez de um sentido mais generoso e solidário da mesma, o sentido da apropriação em vez do cuidado e da responsabilidade pelo bem comum e a sustentabilidade. A lista poderia alongar-se …
Por outro lado, não deixa de ser intrigante que venha grassando um espírito de desilusão, frustração, descontentamento e desafiliação generalizado a diferentes camadas sociais e afectando inclusive as populações mais jovens, por natureza mais propensas à esperança e abertas ao futuro quando cresce a riqueza material no mundo e, como em nenhuma outra época da história, é possível satisfazer necessidades básicas e romper as fronteiras do conhecimento e da inovação tecnológica.
É particularmente significativo que venha aumentando exponencialmente o consumo de anti-depressivos, nomeadamente em populações de tenra idade.
Por todas estas razões devemos interrogar-nos sobre os caminhos da felicidade, esse bem que, explicita ou implicitamente, todos procuramos.
Este é tema a que a Fundação Betânia tem dedicado grande atenção desde os seus começos, Assim, no final de 2008, um pequeno grupo de amigos procurou reescrever os caminhos para a felicidade, inspirados nas bem-aventuranças proclamadas por Jesus de Nazaré no Evangelho.
Partilho convosco esse enunciado escrito em 2008, com o propósito de incentivar o leitor/leitora a aproveitar estas férias de verão para re-escrever, individualmente ou em grupo, o que entende ser os estranhos caminhos da felicidade apropriados ao tempo presente.
O texto de reflexão na íntegra pode ser obtido aqui.