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Tríduo Pascal

1 de Abril, 2021

SAMEDI-SAINT - Berna. 2021

Evangelho segundo  S. João (16, 1-7)

Sábado Santo

Partilhando uma reflexão de Marie-Dominique Minassian…

As imagens da véspera ainda nos assombram. Os gritos e o grande silêncio que se seguiram pesam sobre nós. A morte começou a infiltrar-se. Apanhou-nos. A sua presença é perturbadora. Toda aquela violência cantou vitória. Tudo o que restou foi um corpo inerte colocado num túmulo esperando para ser cuidado no dia seguinte ao sábado. A cruz fez o seu trabalho. Tudo parece acabado. Temos que conviver com isso. Mas tudo em nós resiste. A vida emerge. A vida alojada na memória liberta-se. A memória luta contra a ausência. Não aceitamos o vazio. Os traços do outro são lembrados como antídoto para a dor dilacerante.

Quem ganhará? A morte e sua realidade crua? Ou a outra lembrança, tão repentinamente presente nos nossos pensamentos errantes, como bolhas de oxigênio explodindo e libertando um bálsamo sobre a dor. E quem cuida de quem? Este dia sem poder fazer nada … Isso também é um pensamento obsessivo …

O ânimo vacila sob o peso deste dia até ao anoitecer. Tudo parece estar dito desde que a vida voou. E a de quem fica, esbarra, constantemente, em impossibilidades. Quem rolará esta pedra para longe? A Vida torna-se incerta, complicada, bloqueada … Quem… ?

Mas os nossos passos decididos vão até lá na mesma. Temos que … veremos … na verdade, as coisas não estão como deveriam ser … A pedra foi removida e dentro está o anúncio do fim do susto. O impossível irrompe nas memórias devastadas. A saída aparece. É lá fora, nos caminhos da vida compartilhada que o impossível acontece. Devemos voltar a isso. É aí que Ele nos espera.

O medo dá lugar ao estupor.  Temos de retroceder, voltar atrás na dor, acreditar na vida. Como? Devemos seguir as palavras do Mestre, que agora têm pressa do anúncio. Os discípulos acotovelam-se e correm para levar a mensagem às pessoas mais próximas.

A ressurreição está em marcha. A vida corre. Há novidades que o túmulo não poderia conter. Então a aventura continua !? Estávamos sem fôlego, sem alegria, sem coração. Mas agora estamos cheios de confiança, saindo do silêncio e explorando as possibilidades. 

E se… ? E se fosse verdade? E se a ressurreição fosse vista em vida? E se deixarmos que a  morte faça a desintegração, para podermos despertar para um novo o amanhecer? 

Marie-Dominique Minassian
Equipe Evangile&Peinture

https://www.evangile-et-peinture.org
https://www.lecloitredetibhirine.org
https://www.bernalopez.org

Paixão segundo  S. João
(18,1-40 – 19,1-42)

Sexta Feira Santa

Partilhando uma reflexão de Marie-Dominique Minassian…

Um excerto ->

Hoje todos os nossos olhos estão nesta cruz. (…)

O clamor da multidão foi substituído por piadas, insultos, palavras assassinas e vingativas, palavras devastadoras … eles vociferam tudo. Mesmo aqueles que não gostariam de se envolver na história são apanhados nas engrenagens e pressões de um grupo que se reveza tomando o rosto daqueles que alistam. O futuro cor de sangue domina o dia e sua clareza. É sob uma luz diferente que devemos ler a história e recolher sua seiva profética. Algo mais profundo está em ação. Se ela soubesse, a história clamaria por manipulação!

Quem está em posição de poder? Estamos a testemunhar um assassinato infundado? O final triste de uma cilada? Não, é mais do que isso. Estamos a testemunhar a resolução do drama humano. A turba acredita que pode possuir e aniquilar sua vítima … Mas têm apenas um corpo, maltratado, humilhado e crucificado. Conseguiram exatamente isso: o corpo da vítima. Esta é a prova de que Jesus já não existe?

O corpo crucificado  põe fim, finalmente, à palavra que colocaria em perigo o poder instituído? Não há mais conversa, nem há mais perigo …? É tarde demais … A fala morreu, mas permanece na memória daqueles com quem se cruzou. Continua o seu trabalho nos corações. Já não é preciso corpo. O essencial já foi semeado como o grão. Está pronto a crescer. Só precisamos de sol e água para que as palavras e as lembranças surjam à primeira hora da manhã, ao longo dos dias, e recuperem o sorriso, a esperança para ser compartilhada e o amor eterno que nos espera para continuar o caminho.

(…)

O que temos diante de nós é o Filho de Deus  que se entrega para que renasçamos para uma vida feliz, livre da mentira, do poder e da sua violência. O amor é o único caminho possível entre nós. É perdão e sacrifício até ao fim.

(…)

Marie-Dominique Minassian

Equipe Evangile&Peinture

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Quinta Feira Santa

Evangelho segundo  S. João (13, 1-15)

Partilhando uma reflexão de Marie-Dominique Minassian…

Um excerto ->

(…)

Jesus lembra-nos, constantemente, sobre o valor que a nossa vida pode ter, em cada gesto, em cada palavra, desde que seja habitada pelo desejo obstinado de amar, de querer o melhor para os outros. Jesus viveu esse excesso até à própria morte, na aceitação permanente do amor de Pai. Ele deu-nos tudo. A cruz eterniza esse dom, essa vida extrema que dá um novo sentido ao banal, ao quotidiano que, sem essa dádiva, se afundaria no absurdo.

Jesus lembra-nos, ao deixar os seus amigos, que a vida tem sentido. Ele vem do Pai e volta para Ele, não sem ter incomodado aqueles que reúne para viver a experiência do Bem que resistirá ao Mal.

Aceda aqui à versão original, em francês, em PDF 

Marie-Dominique Minassian
Equipe Evangile&Peinture

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